Desconhecimento do cálculo deixa aposentado insatisfeito com subsídio
A falta de conhecimento sobre mudanças nas regras e cálculos da aposentadoria tem deixado servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada insatisfeitos com o valor dos subsídios. Uma das soluções para esse problema, segundo a auditora do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Áurea Maria Abranches Soares, é o trabalhador calcular com exatidão o tempo de contribuição e o valor do benefício, para que a expectativa não supere a realidade. O assunto foi tratado durante a palestra "Regras de aposentadoria e pensão: perspectivas e reforma previdenciárias", ministrada pela auditora na manhã desta quinta-feira (10) durante o Ciclo de Capacitação Gestão Eficaz. O evento prossegue no auditório da Unemat, em Sinop, até amanhã (11/5), reúne gestores e servidores dos poderes Executivo e Legislativo de 31 municípios da região. Queremos conversar sobre a importância deles se atualizarem, queremos criar sementes previdenciárias, pessoas que possam olhar esses slides, lembrar de alguma coisa e orientar o vizinho, o colega"Áurea Abranches, auditoria pública do TCE-MT A capacitação sobre Previdência é pertinente tanto aos servidores que trabalham no setor de RPPS e Recursos Humanos quanto aos servidores em geral. "Queremos conversar sobre a importância deles se atualizarem, queremos criar sementes previdenciárias, pessoas que possam olhar esses slides, lembrar de alguma coisa e orientar o vizinho, o colega", disse Áurea Abranches. A auditora destacou que na maior parte dos casos as pessoas acreditam ter direitos, mas esquecem que os cálculos mudam. Dessa forma, criam expectativa de que ao se aposentar vão receber um determinado valor de subsídio, mas quando fazem o cálculo esse valor cai pela metade. "A pessoa precisa pensar que, se voluntariamente pode não se aposentar, se pode trabalhar até completar o tempo, deve fazer um esforço para isso, tem que ser proativa", ressaltou. Outro engano comum, segundo a auditora, é que o tempo de serviço não significa necessariamente tempo de contribuição, mesmo que o trabalho esteja registrado na carteira. "Às vezes a pessoa tem 28 anos de trabalho, mas apenas 20 de contribuição". Se isso ocorreu e for um empregado da iniciativa privada, deve procurar o Ministério do Trabalho para resolver a situação. Se for servidor público, deve procurar o RH para corrigir. "A certidão de tempo de contribuição é um documento importante, não se deve brincar com ele, vale dinheiro, vale o seu tempo", reforçou. Áurea Abranch