CGE avalia modelo de capacidade de auditoria interna em projeto do Banco Mundial

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A Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT) é um dos cinco órgãos de controle interno do Brasil em processo de avaliação do grau de maturidade do trabalho de auditoria interna. Isso com base no método internacional desenvolvido pelo Instituto de Auditores Internos (IIA) para o setor público.

O projeto-piloto, liderado pelo Banco Mundial e pelo Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), visa identificar o estágio de cada órgão no papel de contribuir para a economicidade, eficiência e efetividade da administração pública, bem como identificar as ações, as atividades e os componentes necessários para uma auditoria interna efetiva no setor público, o que servirá de guia para a melhoria contínua da atividade.

A avaliação consiste na aplicação do Modelo de Capacidade das Auditorias Internas (IA-CM) por equipe de auditores do Estado, equipe treinada pelo Banco Mundial e pelo IA para esta finalidade. No caso, as auditoras Leliane Ferreira Silva Santana e Almerinda Alves de Oliveira.

O trabalho, já em etapa final de desenvolvimento, envolve a análise dos elementos: serviços e papel da auditoria interna, gerenciamento de pessoas, práticas profissionais, gerenciamento do desempenho e prestação de contas, cultura e relacionamento organizacional, além de estruturas de governança e nível de capacidade institucional, todos em cinco níveis (do inicial ao otimizado).

A autoavaliação será consolidada em relatório a ser submetido a outro órgão de controle interno, no caso a Controladoria Geral do Estado de Goiás (CGE-GO), escolhido pelo Banco Mundial para revisão das evidências apresentadas a fim de justificar os níveis e elementos alcançados.

Na última semana, dois técnicos da CGE-GO, Antônio Fábio Jubé Ribeiro e Valéria Cristina Corrêa Rocha, estiveram em Cuiabá-MT para conhecer in loco a estrutura física, a estrutura organizacional, a forma de atuação e as práticas profissionais da CGE-MT, antes da análise do relatório.

Na oportunidade, os técnicos da CGE-GO também entrevistaram o secretário-controlador geral do Estado, Emerson Hideki Hayashida, o secretário adjunto de Controle Preventivo, José Alves Pereira Filho, os titulares e representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), do Ministério Público Estadual (MPE), da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para conhecer a percepção deles sobre o trabalho de controle interno realizado pela CGE-MT.

De posse de eventuais considerações da CGE-GO, a equipe da CGE-MT terá até 31 de março de 2020 para remeter o relatório final, com o devido plano de ação para as questões pendentes de implementação, ao Banco Mundial e ao Conaci.

A ideia é que a avaliação sirva de guia para o estabelecimento de práticas profissionais e procedimentos sustentáveis aplicados conforme os padrões internacionais. Também poderá resultar em apoio técnico e financeiro do Banco Mundial para o desenvolvimento de projetos que aprimorem a organização e atuação dos órgãos de auditoria interna.

Além da CGE-MT, estão sendo avaliados os órgãos de auditoria interna dos estados de Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Bahia, além do município de Belo Horizonte (MG).

Autoavaliação em 2016

De forma voluntária, a CGE-MT se submeteu a mesma avaliação em 2016. Os resultados do trabalho direcionam as ações estruturantes que vem sendo desenvolvidas pela Controladoria, a exemplo do fortalecimento da atividade de controle preventivo, da elaboração de programa de formação continuada para os auditores do Estado, da elaboração do manual dos processos e procedimentos de auditoria interna, da elaboração de planejamento anual de auditoria e controle preventivo com base em gestão de riscos.


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