Ararath recupera R$ 157 milhões aos cofres de MT; MPF ainda tem 45 inquéritos

access_time 7 anos atrás

O Ministério Público Federal divulgou um balanço da “Operação Ararath” até a sua 12ª fase em Mato Grosso. Iniciada em setembro de 2013, a investigação já proporcionou a restituição imediata de R$ 157 milhões aos cofres públicos, valor menor apenas que o recuperado na “Operação Lava Jato”.

Ao todo, ainda foram bloqueados R$ 300 milhões dos investigados em 28 ações penais. Ainda existem 45 inquéritos policiais que devem provocar novas fases em 2018, já que existem várias colaborações premiadas em negociação como por exemplo do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva; e do procurador aposentado, Francisco Lima.

No total, são 50 denunciados em toda a “Operação Ararath”, entre parlamentares, empresários e integrantes do Poder Executivo. Entre os réus nas ações penais estão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), José Riva, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo e o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, entre outros nomes.

Entre os crimes apurados estão o direcionamento de licitações, pagamentos superfaturados de contratos, inversão de pagamento de precatórios, além de propinas em troca de apoio político. Além de Mato Grosso, a operação teve desmembramentos em São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

A prisão mais significativa na Ararath foi a do ex-governador Silval Barbosa. Foi também do ex-chefe do executivo estadual o conteúdo que mais assombrou a investigação.

A delação premiada feita por ele, após ter passado 21 meses preso no Centro de Custódia da Capital, envolveu diversos nomes e provocou, entre outras ações, o afastamento de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estao pelo Supremo Tribunal Federal.

Só o ex-governador devolveu R$ 70 milhões em bens, dos R$ 157 milhões recuperados. Ele foi condenado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda a 20 anos de reclusão e cumprirá a pena em diversos regimes, como prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica, mas não irá para cadeia diante do acordo fechado.

Fonte: FolhaMax

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