CREA e AMEE discutem energia em audiência pública na AL
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT), Marcos Vinícius Santiago Silva, participou juntamente com o presidente da Associação Mato-Grossense dos Engenheiros Eletricistas – AMEE, Edson Domingues de Miranda, representantes de profissionais do setor de energia, consumidores, agências reguladoras (AGER e ANEEL), prefeitos e vereadores da audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta segunda-feira (21).
A audiência foi requerida pelo deputado Dilmar Dal Bosco e discutiu entre outros temas a disponibilidade de energia dentro do Estado, a paralisação de obras e a demora na aprovação de projetos, com descumprimento de prazos, além da crescente demanda por energia elétrica em Mato Grosso e a necessidade de ampliação da rede de atendimento da concessionária de energia Energisa.
Atualmente, cerca de 30 mil famílias aguardam o fornecimento de energia e a estimativa é de que até 2019 a universalização esteja concluída. Os dados foram apresentados durante a audiência pela Energisa e, de acordo com a concessionária, aproximadamente R$ 500 milhões deverão ser investidos, em média, por ano até 2018.
De acordo com a concessionária, Mato Grosso possui 1,3 milhão de unidades consumidoras de energia elétrica e a demanda por acesso é de 28 mil unidades já cadastradas, podendo chegar a 32 mil.
Mas mais do que ter acesso à rede de distribuição, muitos profissionais e consumidores reivindicaram melhorias no setor de atendimento e relacionamento da empresa. De acordo com o deputado Dilmar Dal Bosco, a audiência partiu da demanda dos consumidores e de engenheiros eletricistas do CREA-MT, que enfrentam dificuldades em obter respostas da empresa.
“Como Conselho queremos ser parceiros para estreitar a comunicação entre os profissionais, a comunidade e a concessionária para que se possam atender à demanda crescente do Estado por energia, além de oferecer serviços de qualidade” destacou o presidente do CREA, o engenheiro eletricista Marcos Vinícius Santiago Santos, que também enfatizou o trabalho de fiscalização e de valorização dos profissionais ligados ao Sistema.
O diretor-presidente da Energisa, Riberto José Barbanera, destacou os trabalhos realizados desde que a concessionária assumiu os serviços de distribuição de energia em Mato Grosso. Segundo ele, os investimentos saltaram de R$ 244 milhões por ano (de 2009 a 2011), quando a Rede Cemat era responsável pela concessão, para a média de R$ 472 milhões por ano, entre 2015 e 2018.
“Atualmente Mato Grosso não tem mais problemas com relação à disponibilidade de energia, o que acontece é que nem sempre o acesso está disponível e requer obras, o que pode levar algum tempo e tem custos para o consumidor. Com relação à ampliação, anunciamos a redução do prazo de 2020 para 2019, tanto com relação ao programa Luz para Todos, quanto à universalização do acesso à energia”, explicou Barbanera.
Porém, representantes de entidades e empresas de diferentes regiões mato-grossenses reclamaram da qualidade dos serviços prestados pela Energisa na Capital e interior. Destacaram a demora no atendimento que vai desde pedido de desligamento da rede para poda de uma árvore, que pode passar de 3 meses sem resposta, até a instalação de rede. A exemplo da Gleba Boa Sorte, em Cuiabá, onde 136 famílias de agricultores aguardam a instalação da rede desde 2012 e, até hoje, não obtiveram resposta.
A AMEE vêm atuando desde o início do ano para que a Energisa passe a atender à sociedade e as profissionais de forma adequada. “A associação vinha atuando há meses para conseguir fazer as discussões que aconteceram nesta audiência. São muitos os problemas enfrentados junto a Concessionária e que foram bem colocados pelos profissionais e consumidores, mas que precisam acabar. A AMEE está aberta à comunicação, queremos ter um canal aberto com os profissionais na Energisa e assim, fazer o nosso trabalho da melhor forma possível”, disse Edson Miranda.
O deputado Dilmar Dal Bosco recebeu todas as demandas que foram colocadas na audiência e irá encaminhá-las à ANEEL e a AGER, além de estar acompanhando, junto aos engenheiros eletricistas, a resolução dos problemas apresentados.
Fonte: Cleci Pavlack – ASCOM/ CREA-MT
