Auditoria do TCE aponta falhas no sistema de monitoramento por tornozeleiras

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foto: Willian Fidelis/Sejudh-MT Recuperando coloca tornozeleira eletrônica Dos 2.568 recuperandos de Mato Grosso que deveriam ter sido monitorados por tornozeleiras eletrônicas em 2015, 214 ficaram sem qualquer controle do sistema penitenciário, alguns por período de até 365 dias. Foi o que apontou auditoria realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso no contrato firmado entre a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e a empresa Spacecomm Monitoramento S/A, que tem por objeto a prestação de serviços de monitoramento eletrônico de recuperandos no Estado (Contrato nº 018/2014). A falha foi detectada nos relatórios de monitoramento da própria Sejudh, que apresentaram informações divergentes. A Secretaria emite dois relatórios: o online e o analítico. Nesses documentos, o status do monitorando é determinado por cores, sendo o verde para monitoramento regular e o vermelho para monitoramento com rompimento. Em novembro de 2016, quando era realizada a auditoria, verificou-se que 214 monitorados constavam na relação com violação de sistema no monitoramento analítico, porém, no monitoramento online, os mesmos reeducandos estavam com situação regular. foto: Chico Valdiner/Secom-MT Centro de Monitoramento das Tornozeleiras Eletrônicas "Esse fato evidencia a fragilidade do sistema de monitoramento eletrônico, pois fornece informações divergentes sobre o mesmo reeducando", descreve trecho do relatório elaborado pelos auditores da 5ª Secretaria de Controle Externo do TCE-MT. A empresa contratada justificou a irregularidade informando que esse fato ocorre para evitar sobrecarga no sistema. No entanto, o entendimento da equipe técnica é que a empresa deve sanear a causa dessa distorção com a maior celeridade, pois além de fornecer informações divergentes, a Secretaria tem um custo mensal maior, pagando por serviços não executados. Outra irregularidade encontrada foi a ausência de assistência técnica permanente em Cuiabá pela SPACECOMM Monitoramento S/A. No dia 2 de fevereiro de 2017, em visita ao setor de monitoramento, a equipe de auditores constatou que a sala da empresa estava desocupada. O supervisor, Gabriel Pires, único representante da empresa, estava de férias e não foi substituído. "O fato compromete a assistência técnica permanente, da manutenção de urgência e do serviço de atendimento e suporte, que deve estar disponível no regime de 24 horas e por 7 dias da semana", revela trecho do relatório. Detalhes do Processo INTEIRO TEOR Nº 146846/2016 Conforme previsão no Plano Anual de Fiscalização (

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