PF prende ex-governador José Melo em nova fase da operação ‘Maus Caminhos’

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A Polícia Federal do Amazonas prendeu o ex-governador do Amazonas, José Melo (Pros), na manhã desta quinta-feira (21), em Manaus, em uma nova fase da Operação “Maus Caminhos”, que investiga desvios de verbas públicas da Saúde do Estado. A operação contou com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

A reportagem de A CRÍTICA apurou e confirmou a prisão do ex-governador na casa dele na capital amazonense e que o mesmo seria conduzido para a sede da Superintendência da PF, localizada no bairro Dom Pedro, na Zona Centro-Oeste da cidade. Entretanto, não há informações sobre a natureza da prisão dele, por mandado judicial de prisão preventiva ou temporária.

José Melo (Pros) e o então vice-governador Henrique Oliveira (SD) foram cassados e perderam o mandato no Governo do Amazonas em janeiro de 2016, em decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), por acusação de compra de votos durante as eleições de 2014. Eles recorreram da decisão, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a cassação em maio deste ano.

Custo Político

Na semana passada, durante a segunda fase da Maus Caminhos, nomeada de “Custo Político”, foram presos ex-dirigentes do governo Melo: dois ex-secretários de Saúde, Wilson Alecrim e Pedro Elias, o ex-secretário de Administração e Gestão Evandro Melo – irmão de José Melo, o ex-secretário de Fazenda Afonso Lobo e o ex-secretário de Casa Civil Raul Zaidan, entre outros. Também foi preso, novamente, o médico e empresário Mouhamad Moustafa, principal alvo da primeira fase da Maus Caminhos.

A Operação Custo Político foi deflagrada pela PF, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU) no último dia 13 de dezembro. Conforme denúncia, o primeiro escalão das pastas de Saúde, Administração, Casa Civil de José Melo recebia “mensalinho” que variava entre R$ 83,5 mil e R$ 133,5 mil de 2014 a 2016, período em que a PF investigou o esquema. A estimativa é de que R$ 20 milhões tenham sido pagos em propina.

Maus Caminhos

A operação Maus Caminhos foi deflagrada pela primeira vez em setembro de 2016 com foco em desmantelar uma quadrilha especializada em desviar recursos públicos do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas através de contratos com empresas terceirizadas, sendo a principal operadora do esquema o Instituto Novos Caminhos (INC), de propriedade de Mouhamad Moustafa e que inspirou o nome da operação. Na época, a PF afirmou que mais de R$ 110 milhões foram desviados.

Fonte: A Crítica

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