PF cumpre mandados contra grupo que movimentou mais de R$ 380 milhões em fraudes no Ceará e outros estados

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A Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quarta-feira (13), uma operação para cumprir mandados contra um grupo investigado por fraudes em licitações e desvio de verbas públicas no Ceará e em outros estados. Segundo a PF, os investigados receberam mais de R$ 380 milhões em recursos públicos somente no período de um ano de investigação.

Os agentes cumprem 45 mandados expedidos pela 11ª Vara Federal de Fortaleza, sendo nove de prisão temporária, 24 busca e apreensão e 12 de condução coercitiva- quando a pessoa é levada pela polícia para prestar depoimento. A Polícia Federal ainda cumpre sete mandados de intimação emitidos pela autoridade policial.

A operação, nomeada de ‘Fraternidade’, envolve 148 policiais federais nos estados do Ceará e Piauí, além de sete servidores da Controladoria-Geral da União.

A Polícia Federal disse que a organização criminosa investigada é especializada em fraudes em licitação e no desvio de verbas públicas. O grupo tem atuação em diversos municípios cearenses e em outros estados.

Investigação

A investigação teve início após um levantamento realizado pela Controladoria Geral da União. Durante a apuração, os agentes detectaram que os principais investigados já tiveram vínculos com dezenas de pessoas jurídicas, das quais 68 teriam recebido verbas públicas de 171 municípios cearenses.

Somente entre janeiro de 2002 e março de 2013, os recursos recebidos pelo grupo somaram mais de R$ 380 milhões (R$ 380.604.801,70). Dentre os valores recebidos, estão recursos federais de diversas fontes, sem que fosse detectada a interrupção das atividades do grupo.

Conforme a Polícia Federal, a organização criminosa utilizava empresas controladas pelos investigados para vencer licitações e receberem altos valores do poder público. Eles faziam uma espécie de rodízio entre as empresas para não chamar a atenção das autoridades. Parte dos recursos era desviada através de superfaturamentos e inexecuções dos contratos.

‘Fraternidade’

A Polícia Federal informou que o nome da operação ‘Fraternidade’ é em alusão ao núcleo do grupo, que é formado, entre outros, por três irmãos. Eles são suspeitos de manter vínculo com diversas empresas. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

Os envolvidos responderão criminalmente, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, crimes da lei de licitações, falsificação de documentos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Fonte: G1

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