CGE recebe sugestões das Unisecis para novo monitoramento das recomendações

A Controladoria Geral do Estado (CGE-MT) apresentou, na última semana, a servidores de quatro Unidades Setoriais de Controle Interno (Unisecis), o novo modelo, em construção, do monitoramento dos planos de providências elaborados e executados pelas secretarias do Governo de Mato Grosso em resposta às recomendações e determinações da própria CGE e dos órgãos de controle externo. A apresentação objetivou receber feedback sobre o novo formato já que as Unisecis têm papel primordial no processo de monitoramento em conjunto com a CGE.

O auditor Paulo Farias, da Superintendência de Desenvolvimento do Controle Interno da CGE, explicou que o novo modelo estabelece a padronização e normatização (por meio de instrução normativa) de todas as etapas do monitoramento:

1) Entrega dos trabalhos de auditoria pela CGE e pelo controle externo aos órgãos estaduais;

2) Elaboração dos planos de providências pelas unidades executoras com o auxílio das Unisecis;

3) Análise pela CGE da consistência dos planos de providências;

4) Implementação dos planos de providências pelos órgãos estaduais;

5) Emissão de relatório a cada quadrimestre pela CGE com a demonstração dos resultados alcançados com a implementação dos planos de providências.

“A nova metodologia não cria novas responsabilidades para as Unisecis, mas sim facilita, sistematiza e organiza o cumprimento da atribuição de acompanhar a implementação das recomendações”, destacou o auditor.

Uma das peculiaridades do novo formato é que passará a ser exigida das secretarias a elaboração de planos de providências por ponto de controle (item, área ou atividade), e não mais por trabalhos (auditorias, recomendações técnicas, acórdãos, orientações técnicas, etc) emitidos pelos órgãos de controle para corrigir causas de falhas e/ou coibir erros de gestão administrativa.

Ao receber o plano de providências elaborado pelo órgão auditado, a CGE-MT realizará a análise das ações propostas não somente quanto ao adequado preenchimento do documento, mas também em relação à efetividade das medidas tomadas para o atendimento das recomendações e determinações.

Outra peculiaridade do novo formato é o desenvolvimento de um sistema eletrônico para centralizar o monitoramento da implementação das recomendações e servir como canal de comunicação entre a CGE e as Unisecis, responsáveis por auxiliar as unidades executoras das secretarias na elaboração dos planos de providências.

O sistema eletrônico está sendo construído em conjunto com a  Empresa Mato-Grossense de Tecnologia da Informação (MTI), como um módulo do Sistema de Controle Interno – SCI (sistema usado pelos auditores do Estado para elaboração dos produtos de auditoria e controle) para concentrar o registro de todas as etapas do processo de monitoramento.

Dessa forma, assim que os órgãos finalizarem a execução das ações propostas, as respectivas Unisecis deverão registrar a conclusão no sistema eletrônico, com a descrição e as evidências de que as recomendações foram implementadas. Posterirormente, a CGE realizará testes e análises nos registros e evidências juntadas, com o intuito de evidenciar se as recomendações foram realmente atendidas.

“Com a nova modelagem, a CGE espera aprimorar o gerenciamento de riscos a partir da geração de estatísticas das falhas e respectivas causas, bem como pela apuração do nível de maturidade do controle”, ressaltou o secretário adjunto de Controle Preventivo da CGE, José Alves Pereira Filho.

As informações extraídas com a nova modelagem serão mais um elemento para subsidiar o planejamento de outras ações de auditoria e controle pela CGE, bem como para servir de instrumento de gestão para as secretarias.

“Com a adoção dessa nova metodologia, espera-se que a CGE possa obter respostas mais rápidas e precisas acerca do cumprimento de suas recomendações, bem como contará com dados suficientes e adequados para subsidiar a execução e o planejamento de suas ações de forma pontual e efetiva”, salientou o auditor Paulo Farias.

O cronograma de trabalho prevê que a nova metodologia de monitoramento esteja completamente implementada em janeiro de 2018. Antes disso, porém, está no planejamento de atividades a realização de treinamentos para manuseio da ferramenta.

Participaram da reunião de feedback os servidores das Unisecis da Saúde (SES-MT), Segurança Pública (Sesp-MT), Infraestrutura (Sinfra-MT) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran).