Corrupção mata mais que bandidagem no Brasil

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Rolando Alexandre de SouzaChefe do Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal Aproximadamente 922 operações da Polícia Federal, desencadeadas no ano passado, resultaram em quatro mil inquéritos. Foram sequestrados R$ 3.540.411.023,11 relacionados a crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. "A corrupção mata. Achar que o traficante da esquina é mais perigoso que o político corrupto é uma falácia. Político mata muito mais que bandido", afirmou o chefe do Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, que ministrou palestra na manhã desta quinta-feira, 25/05, na abertura do III Encontro Nacional sobre Cooperação para Prevenção e Combate à Corrupção, realizado pela Rede de Controle da Gestão Pública de Mato Grosso. Dados apresentados pelo delegado demonstram que em 2015 foram desviados cerca de 300 bilhões de reais dos cofres públicos, em atos de corrupção no Brasil, nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. As informações são originárias das inúmeras operações, investigações e inquéritos que envolvem o combate ao crime organizado e desvios de recursos públicos dentro da Polícia Federal, que desde o ano passado, pela primeira vez, "tem realizado mais operações policiais no combate à corrupção do que na área de entorpecentes". Rolando Souza disse que a Polícia Federal investigou o desvio de 75 bilhões de reais, que resultaram, hoje, em 5 mil obras paradas como as da Copa e Olimpíada. Ele citou como escândalo de corrupção os casos do Estádio de Futebol Mané Garrincha (DF) e o VLT em Cuiabá. "Hoje temos condições de controlar tudo, não faltam equipamentos e condições para investigar e ter acesso a todos os bancos de dados, tanto que a formação da Rede de Controle e a parceira com os Tribunais de Contas da União e dos Estados estão colaborando muito para que se possa, pelo menos, reduzir a corrupção no país porque é, sem dúvida, muito séria" ROLANDO ALEXANDRE DE SOUZA No caso das Prefeituras, o delegado apontou que, segundo dados da própria Controladoria-Geral da União (CGU), 80% dos municípios brasileiros que recebem verbas federais apresentam indícios de corrupção na utilização dos recursos. A maioria dos casos est&aa

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