Consciência Cidadã bate recorde de público em Alta Floreta
Cerca de 800 pessoas, entre universitários, servidores públicos, empresários, profissionais liberais, conselheiros de políticas públicas e trabalhadores em geral, de Alta Floresta e região, lotaram o Gold Eventos na noite de quarta-feira (10), para participar do Consciência Cidadã, do Tribunal de Contas de Mato Grosso. O programa tem por objetivo estimular o envolvimento da sociedade na gestão pública, desde a elaboração do orçamento até a fiscalização da aplicação dos recursos, e também apresentar à população as ferramentas que o Tribunal de Contas disponibiliza para auxiliar o cidadão nessa atribuição.
O presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Antonio Joaquim, afirmou que a solução do país e da qualidade da política passa pelo cidadão. “Não existe salvador da Pátria, Isso tudo é mentira. Quem vai resolver nossos problemas somos nós”. Na avaliação do presidente, é por meio de programas como o Consciência Cidadã que as pessoas começam a entender o significado da palavra cidadania e que, na sociedade, todos têm direitos e deveres, e entre os deveres está a participação ativa na gestão pública. “Todos os poderes deveriam realizar esse tipo de evento, para estimular o cidadão a exercer o controle social”, destacou.
Coordenadora do Consciência Cidadã e responsável pela mobilização da sociedade florestense, a secretária de Articulação Institucional e Desenvolvimento da Cidadania (SAI) do TCE-MT, Cassyra Vuolo, disse que a finalidade desse programa, que faz com que parte da equipe do TCE-MT se desloque aos municípios polo do interior, é empoderar o cidadão e torná-lo co-responsável pela fiscalização dos recursos públicos. Cassyra também ressaltou a importância do cidadão conhecer um pouco mais sobre o Tribunal de Contas, já que ele, como órgão de controle, “fiscaliza o nosso dinheiro”.
A professora Ivanir Achor compareceu ao Gold Eventos para participar do debate. Ela tinha interesse em aprender os caminhos para ajudar os órgãos de controle a fiscalizarem os recursos públicos. “Se todos ajudassem a fiscalizar, a sociedade sairia ganhando, porque não haveria tantos desvios”.Para a técnica de enfermagem Leila Cristina Muller dos Santos, a população de Alta Floresta não é muito interessada na gestão pública e precisa melhorar a fiscalização, mas para isso precisa conhecer melhor os mecanismos. “A população reclama, mas sem conhecer não tem como reclamar”. O debate da população com o presidente do TCE-MT e demais autoridades, como o conselheiro substituto Isaías Lopes da Cunha; o procurador do Ministério Público de Contas, Gustavo Deschamps; a juíza Janaína Rebucci Dezanetti, e o promotor de Justiça, Daniel Carvalho Mariano; durou uma hora e meia. Cerca de 40 perguntas foram respondidas e respostas às demais serão encaminhadas por email. Denúncias seguiram direto para a Ouvidoria do TCE-MT.