Rede de Controle da Gestão Pública abraça proposta do TRE-MT de combate à corrupção eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso apresentou à Rede de Controle da Gestão Pública a proposta de criação do Grupo de Trabalho Eleitoral, que terá como principal finalidade atuar no combate ao caixa 2 de campanhas e demais situações que envolvam corrupção eleitoral. A proposta, apresentada pelo presidente do Tribunal, desembargador Márcio Vidal, foi prontamente aprovada pelos membros que participavam da 9ª reunião ordinária da Rede, na sede do TRE-MT.
De acordo com o desembargador, o GT Eleitoral será coordenado em uma parceria entre a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral. O objetivo é mobilizar a sociedade civil por meio das instituições que compõem a Rede, para combater a corrupção eleitoral em Mato Grosso, com vistas ao pleito de 2018.
Após sua implantação, o GT Eleitoral irá definir, junto aos demais membros da Rede, as estratégias de combate ao Caixa 2, mediante a identificação de um conjunto de ações administrativas a serem implementadas em parceria com as instituições.
Entre outras estratégias, já ficou definido o propósito de incentivar, por meio de uma campanha junto à sociedade civil organizada, a transparência na arrecadação e gastos de campanhas eleitorais. A campanha também deverá incentivar os doadores a utilizar um sistema eletrônico de informações voluntárias, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral desde as eleições do ano passado.
Para o procurador-geral substituto do Ministério Público de Contas, Alisson Carvalho de Alencar, a Rede de Controle em Mato Grosso está avançando cada vez mais no sentido de integrar esforços e aliar inteligência no combate à corrupção. “Estou de acordo com a criação do GT Eleitoral e parabenizo o TRE pela iniciativa”.
A representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT), Marciane Curvo, também enalteceu a iniciativa do TRE-MT. “Temos 316 profissões e 30 mil profissionais ligados ao CREA. Vamos levar esta campanha de combate à corrupção eleitoral a todos eles. Tenho certeza que sociedade vai abraçar esta causa”.
O conselheiro substituto do Tribunal de Contas, Moisés Maciel, sugeriu ainda um trabalho junto aos partidos políticos, para contribuir com a organização destes organismos e ampliar a democracia interna quanto à participação da mulher na política.
O presidente do TRE-MT, desembargador Márcio Vidal, ressaltou que a Justiça Eleitoral está preocupada em prestar serviços à sociedade que vão além de fazer eleições, apurar os votos com agilidade e julgar os processos decorrentes do pleito. “Temos que sair do trivial, precisamos agir agora, ir além do que já fazemos. Queremos fazer a diferença no processo de consolidação da nossa democracia. Queremos ajudar a mudar a atual realidade brasileira, mas sozinhos não vamos conseguir. Por isso precisamos do apoio das instituições interessadas em reconstruir o nosso país”.