Controlador-geral do Estado prevê redução de até 3% na folha de pagamento até 2018
A Controladoria Geral do Estado (CGE) vem realizando auditoria na folha de pagamento do Governo de Mato Grosso, cujas despesas tiveram incremento de 39% (cerca de R$ 1,7 bilhão) no período de 2013 a 2015, desde outubro do ano passado. Os trabalhos, previstos para serem conclusos em fevereiro de 2018, devem gerar um impacto de até 3% nas despesas do Executivo.
“Os estudos preliminares indicam que essa auditoria, que vai se prolongar até fevereiro de 2018, deve reduzir algo em torno de 2% a 3% na folha de pagamento. Mas isso não significa que vai diminuir o salário do servidor”, afirmou secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves.
Conforme o secretário, o “Mira” – ferramenta interna utilizada por servidores da CGE – detectou uma série de inconformidades na folha, que acabam onerando os gastos com pessoal e impossibilitando o Executivo de enquadrar suas contas nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Quando um servidor é cedido para algum órgão, por exemplo, quem paga esse salário é o Estado de Mato Grosso. Mas a regra é que o órgão em que ele esteja trabalhando reembolse o Estado. Em alguns casos, o que está acontecendo, é que o ente que está recebendo o nosso servidor não está nos reembolsando. Isso é um volume de dinheiro que pode voltar para o Executivo com a melhoria desse sistema de controle”, explicou o controlador, citando esta como uma das inconformidades identificadas pela auditoria em andamento.
O “Mira” foi desenvolvido por auditores e analistas da CGE e deve, segundo o controlador, estar aberto para a sociedade, em uma nova versão, nos próximos dias.
O sistema efetua o cruzamento eletrônico de diferentes bancos de dados do Executivo Estadual e de outros Poderes e esferas, para que os auditores promovam as análises e os testes de segurança a fim de gerar diagnósticos e identificar as causas e os reflexos de determinadas situações.
“A CGE já vinha atuando nesse formato de atuação preventiva, atuação pós-problema, enfim. Quando nós elegemos, em janeiro de 2015, quais seriam os alvos, quais as moscas que nós precisaríamos acertar, foram em cima dessas matrizes de risco. Por que eu auditaria a folha de pagamento? Perceba que não estamos focando em uma Secretaria. Nessa análise de risco, para nós, o tema é bastante caro. O nosso grande radar tem sido o ‘Mira’, que é uma ferramenta desenvolvida pelos nossos auditores, em que a gente consegue mapear e identificar riscos e onde estão as nossas vulnerabilidades”, pontuou.
Fonte: Olhar Direto